Estradas de rio da Amazônia servem de caminho para a educação
A última reportagem do especial do 'Globo Natureza' mostra que, na Amazônia, o costume é outro. A volta às aulas é diferente.
Na imensidão do rio Amazonas vem o barco do transporte escolar vencendo a correnteza. Ele traz as crianças que moram na outra margem do rio, em frente à cidade de Itacoatiara. “O barco é seguro. Antes não era porque a gente andava de bote. Agora não", comenta a dona de casa Maria Sandra da Silva. “Às vezes podia até alagar, porque entrava muita água no barco”, conta a estudante Andreiza Souza.
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A garantia do acesso à escola mudou a vida das crianças e até de quem já tinha desistido da sala de aula. Depois que todas as crianças já foram para a escola, é a vez de Raimundo do Nascimento, o piloto do barco. Ele ancora, toma um banho rapidinho, troca de roupa e segue para a escola. Raimundo tinha parado de estudar para ajudar os pais no trabalho.
Aos 26 anos de idade, Raimundo está no oitavo ano. O dia a dia é puxado. Às 5h já está recolhendo os alunos nas casas ribeirinhas. “Vou terminar o fundamental, entrar no médio, terminar o médio e tentar uma faculdade”, conta o piloto e estudante Raimundo do Nascimento.
Em outra cidadezinha do Amazonas, Careiro Castanho, os alunos também fazem planos. “Eu tenho muito interesse de aprender, um dia ser alguém na vida, sair do interior para outros países. É ótimo”, conta a estudante Valéria da Costa.
"Sem o transporte escolar a gente não vai ter a aprendizagem na sala de aula com o aluno. Então, o transporte escolar é fundamental em 100% para trazer essa criança", explica o secretário de Educação Paulo Amaro Andrade.
Mas em muitas comunidades são as próprias famílias que levam as crianças para a escola, como a da dona de casa Dona Terli Moraes, em Itacoatiara. Os nove filhos vão de canoa. “São muitas crianças, a canoa vai muito cheia de criança. É perigoso demais. O maior perigo é a corredeira, que é muito forte, além de motor e navios”, lembra a dona de casa Terli Moraes.
Do estaleiro da marinha, em Belém, pode sair a solução para a educação de muitas crianças na Amazônia. É a lancha escolar, projeto dos ministérios da Educação e da Defesa.
"As principais características que nós observamos é a necessidade de ter um calado reduzido, ser pouco profunda para baixo da água, e ser resistente, porque na região existem muitos casos de troncos flutuando e de pedras até mesmo o fundo dos rios", explica o comandante da base naval, Eduardo Santana.
Uma esperança para mães como Dona Terli. "Um dia eles podem ser alguma coisa, um médico, até mesmo um professor da própria escola. Eu tenho nove filhos e minha esperança é essa", diz a dona de casa.
FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/02/estradas-de-rio-da-amazonia-servem-de-caminho-para-educacao.html
O que posso dizer? Acompanhei toda a série e vi como se tem garra neste país. Chorei ao ver o sacrifício de quem ensina e de quem quer aprender. Isso é um exemplo de romper as fronteiras da dificuldade.
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A garantia do acesso à escola mudou a vida das crianças e até de quem já tinha desistido da sala de aula. Depois que todas as crianças já foram para a escola, é a vez de Raimundo do Nascimento, o piloto do barco. Ele ancora, toma um banho rapidinho, troca de roupa e segue para a escola. Raimundo tinha parado de estudar para ajudar os pais no trabalho.
Aos 26 anos de idade, Raimundo está no oitavo ano. O dia a dia é puxado. Às 5h já está recolhendo os alunos nas casas ribeirinhas. “Vou terminar o fundamental, entrar no médio, terminar o médio e tentar uma faculdade”, conta o piloto e estudante Raimundo do Nascimento.
Em outra cidadezinha do Amazonas, Careiro Castanho, os alunos também fazem planos. “Eu tenho muito interesse de aprender, um dia ser alguém na vida, sair do interior para outros países. É ótimo”, conta a estudante Valéria da Costa.
"Sem o transporte escolar a gente não vai ter a aprendizagem na sala de aula com o aluno. Então, o transporte escolar é fundamental em 100% para trazer essa criança", explica o secretário de Educação Paulo Amaro Andrade.
Mas em muitas comunidades são as próprias famílias que levam as crianças para a escola, como a da dona de casa Dona Terli Moraes, em Itacoatiara. Os nove filhos vão de canoa. “São muitas crianças, a canoa vai muito cheia de criança. É perigoso demais. O maior perigo é a corredeira, que é muito forte, além de motor e navios”, lembra a dona de casa Terli Moraes.
Do estaleiro da marinha, em Belém, pode sair a solução para a educação de muitas crianças na Amazônia. É a lancha escolar, projeto dos ministérios da Educação e da Defesa.
"As principais características que nós observamos é a necessidade de ter um calado reduzido, ser pouco profunda para baixo da água, e ser resistente, porque na região existem muitos casos de troncos flutuando e de pedras até mesmo o fundo dos rios", explica o comandante da base naval, Eduardo Santana.
Uma esperança para mães como Dona Terli. "Um dia eles podem ser alguma coisa, um médico, até mesmo um professor da própria escola. Eu tenho nove filhos e minha esperança é essa", diz a dona de casa.
FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/02/estradas-de-rio-da-amazonia-servem-de-caminho-para-educacao.html
O que posso dizer? Acompanhei toda a série e vi como se tem garra neste país. Chorei ao ver o sacrifício de quem ensina e de quem quer aprender. Isso é um exemplo de romper as fronteiras da dificuldade.