quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

E tudo mudou... de Deanna Troi

 O rouge virou blush


O pó-de-arroz virou pó-compacto

O brilho virou gloss


O rímel virou máscara incolor

A Lycra virou stretch

Anabela virou plataforma

O corpete virou porta-seios

Que virou sutiã

Que virou lib

Que virou silicone



A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento

A escova virou chapinha

"Problemas de moça" viraram TPM

Confete virou MM



A crise de nervos virou estresse

A chita virou viscose.

A purpurina virou gliter

A brilhantina virou mousse



Os halteres viraram bomba

A ergométrica virou spinning

A tanga virou fio dental

E o fio dental virou anti-séptico bucal



Ninguém mais vê...



Ping-Pong virou Babaloo

O a-la-carte virou self-service



A tristeza, depressão

O espaguete virou Miojo pronto

A paquera virou pegação

A gafieira virou dança de salão



O que era praça virou shopping

A areia virou ringue

A caneta virou teclado

O long play virou CD



A fita de vídeo é DVD

O CD já é MP3

É um filho onde éramos seis

O álbum de fotos agora é mostrado por email



O namoro agora é virtual

A cantada virou torpedo

E do "não" não se tem medo

O break virou street



O samba, pagode

O carnaval de rua virou Sapucaí

O folclore brasileiro, halloween

O piano agora é teclado, também



O forró de sanfona ficou eletrônico

Fortificante não é mais Biotônico

Bicicleta virou Bike

Polícia e ladrão virou counter strike



Folhetins são novelas de TV

Fauna e flora a desaparecer

Lobato virou Paulo Coelho

Caetano virou um chato



Chico sumiu da FM e TV

Baby se converteu

RPM desapareceu

Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix

Raul e Renato,

Cássia e Cazuza,

Lennon e Elvis,

Todos anjos

Agora só tocam lira...



A AIDS virou gripe

A bala antes encontrada agora é perdida

A violência está coisa maldita!



A maconha é calmante

O professor é agora o facilitador

As lições já não importam mais

A guerra superou a paz

E a sociedade ficou incapaz...

.... De tudo.


Inclusive de notar essas diferenças.

P. S. Nada como achar alguém que pensa da mesma forma que a gente. As mudanças...

Para os que pensam em desenvolvimento, nada mais natural que mudar. Porém, até que ponto faz bem? Ate onde iremos? 
Rápido para muitos que ainda chamam absorvente pelo nome da marca Modess.
 E para os mais velhos? Terem que entrar na vibe tecnológica, tendo o seu dinheirinho da aposentadoria através da sua digital ou , quando os mais jovens ao seu redor, aconselham que o bom mesmo é o virtual. Eles ficam à deriva.
Isso vai ponto contra até mesmo para os classificados por gerações com letras. Afinal, não será na modernidade robótica que aprenderão empatia, modos e costumes da sua terra natal. Ficam embutindo neles a A.I. que é I.A. na verdade. 
Gente do céu! Alô, alô marciano, não vem não pois , aqui da Terra nem a gente acompanha.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Felicidade Realista

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável. Mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre, queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema, queremos a piscina olímpica e uma temporada num SPA cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor... Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno, queremos amor, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos-nos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.



Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.

Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade. 


Mário Quintana


Obs: Você já se deparou com sua felicidade realista?

De imagens, recortes e mensagens


 Sou à moda antiga e amo anotar. 

Estou com um caixote cheio de agendas e cadernos para revisar, devido a falta de espaço de mantê-los comigo. Que dó!!!!

Daí , eis que me lembrei desse espaço virtual que, creio eu, depois de tantas tecnologias feiticeiras, ficou um pouco esquecido pela maioria. Mas, para aquele que , como eu  , possuem reflexões,  sejam próprias ou alheias, vale cada passagem aqui registrada. 

Creio que o começo foi, quando pirralha, de guardar fotos dos artistas da minha época da tietagem (Menudo, Dominó, e vários outros da década de 80/90). E fui colecionando fotos, depois lia mensagens e me interessava pelo que as mesmas transmitiam, recortava da revista ou , simplesmente, "passava a limpo" fazendo algo que me identifico até hoje, escrever. E com lápis grafite de preferência.

Se vier por aqui, dê um oi e seja bem vindo aos registros dos registros de uma vida comum. Que ama refletir . 


Fonte da imagem:   Imagem de Margarita Kochneva por Pixabay 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Alô, alô...

 E o tempo passou, pulando eu para janeiro de 2021.

Sobre 2020...o que dizer? 

Dessa vez, existe algo que nos conectou de fato com o mundo todo. E olhe que, caso a gente fosse colocar em pratica o que diz a música gravada pela eterna Elis Regina, os marcianos iam repensar a vontade de nos conhecer.



 Pandemia instalada, diga-se de passagem, até o presente momento, e milhões tratando com um quê de resistência e teimosia diante das regras para proteção que, foge totalmente de uma explicação lógica. Não é de hoje que se fala sobre viver pensando e agindo coletivamente. Entretanto, o pensamento que que existe nesses humanos sobre o livre arbítrio é algo avassalador, desigual e egoísta. 

Nem a retrospectiva dos acontecimentos nos faz pensar em querer explanar mais ainda sobre as dores e dissabores causados por tantas mortes e uma desestrutura geral em todas as esferas da terra que, por sua vez está pautada na grande maioria da faixa territorial que ainda possui, no mundo consumista e seus efeitos negativos em terras de tantos cegos. Àqueles que ainda enxergam. 

No meu cantinho, cá estou eu  querendo descarregar o meu pensar, num espaço que só entra quem realmente quer uma troca de pensamentos em palavras aqui depositadas, sem a dependência do melhor filtro, storie ou selfie. Na pademia, veio o cansaço da mesmice que ronda essa nuvem, tão poderosa e rica em informações bacanas. Na pandemia veio a possibilidade de pensar e colocar em práticas atitude fora da caixinha das tendências. 

Enfim, nessa jornada, quero ser mais produtiva. Nesse blog, com  a melhora da construção de textos explanando pensamentos diversos

Quem me acompanha? 

"Alô, alô marciano(...)🎼"

quarta-feira, 18 de março de 2020


Anne Shirley Cuthbert...



... nome completo está associado a encrenca no mundo cinematográfico.
 Eu amei cada momento que a personagem Marila chamava a Anne, com E no final, por seu  novo  nome completo. Era o cheirinho maravilhoso de que novas aventuras irião acontecer ou problemas seriam resolvidos com amor. 





Série Netflix,   baseada  no livro de 1908 Anne de Green Gables, de Lucy Maud Montgomery, traz uma criança, pré-adolescente em nossos tempos, que chega numa comunidade que a hostiliza por ser órfã,  rejeitada por ser menina pelos pretendentes a tutores, discriminada no colégio com o bullying por ser tida como feia e falante, na educação escolar do século XIX só o professor podia falar, ela conseguiu mudar aos poucos sua história com a bagagem que já trazia das tantas idas e vindas do orfanato nefasto e das casas por onde passou, praticamente como uma escrava.

Nossa como Anne me cativou! Ela e todos os personagens dessa história que, nos leva a pensar de onde a escritora, de um século tão conservador, conseguiu trazer as mazelas da sociedade inseridas num grupo juvenil , onde a maturidade  chegava de forma imposta , pré-determinada, sem nenhuma perspectiva adiante que não fosse sr um ser servil. Meninas criadas para casar, homens criados para serem machistas e donos de tudo e todos. 




Além do bullyng e machismo já citados, encontramos no seriado, outras mazelas que são bandeira de nossas lutas em pleno 2020, onde ainda há muito a trilhar. A homofobia e o racismo também são expostos na trama e combatidos bravamente pela ruiva sardenta e por alguns de seus colegas de turma.
Em contrapartida, mesmo com tantas adversidades em sua história, a Anne tirava leite de pedra por que nunca deixou de ler. Mesmo sem ser dada a oportunidade que lhe cabia, ela conseguiu, aplacar as tristezas, navegando nas histórias que conseguiu conhecer através dos livros. Muitas vezes, fazia delas aliadas perfeitas para driblar algumas das situações pelo que passava.






Ontem, assistimos, minha mãe virou cativa da trama também, o último capítulo dessa maravilha televisiva, com gosto de quero mais. Porém, paramos na terceira temporada que, mesmo com toda dó do mundo, creio não ter sentido continuar.
Entretanto, a Anne de Green Gables, atiçou nossa imaginação.Em tempos tão remotos, ao conseguir fazer isso, traz um afago para a alma.
E... quem disse que eu já não continuei os próximos capítulos da ruivinha amada por minha conta ?



Imagens coletadas via Pinterest.


Carrego seu coração comigo...

Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, beleza
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguém sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma arvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodígio
Que mantem as estrelas a distancia
Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.
E.E. Cummings

Momentos onde a tempestade se instala em nosso ser, o maior combate é a oração, é buscar, lá no fundo, bons pensamentos, transmissão de amor para os meus, os seus e os nossos...

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Alma: ferida sim, bela também


Quem concorda? Quem ainda encontra seres iluminados desse jeito?
Sei que são palavras bonitas e as vezes soam como hipócritas para muito. Porém, na caminhada, podemos sim nos deparar com pessoas e suas histórias sofridas, cheias de desafios , de "nãos" ,de preconceito e todo seu fardos e, mesmo assim, não carrega a alma das mazelas. Vive, faz sua caminhada e é capaz de fazer bem/feliz que te cerca.
São seres sábios, de fé, que tentam equilibrar o que ocorre, respiram fundo e não derem ninguém. É lindo! Abençoadas sejam essas almas.