quarta-feira, 18 de março de 2020


Anne Shirley Cuthbert...



... nome completo está associado a encrenca no mundo cinematográfico.
 Eu amei cada momento que a personagem Marila chamava a Anne, com E no final, por seu  novo  nome completo. Era o cheirinho maravilhoso de que novas aventuras irião acontecer ou problemas seriam resolvidos com amor. 





Série Netflix,   baseada  no livro de 1908 Anne de Green Gables, de Lucy Maud Montgomery, traz uma criança, pré-adolescente em nossos tempos, que chega numa comunidade que a hostiliza por ser órfã,  rejeitada por ser menina pelos pretendentes a tutores, discriminada no colégio com o bullying por ser tida como feia e falante, na educação escolar do século XIX só o professor podia falar, ela conseguiu mudar aos poucos sua história com a bagagem que já trazia das tantas idas e vindas do orfanato nefasto e das casas por onde passou, praticamente como uma escrava.

Nossa como Anne me cativou! Ela e todos os personagens dessa história que, nos leva a pensar de onde a escritora, de um século tão conservador, conseguiu trazer as mazelas da sociedade inseridas num grupo juvenil , onde a maturidade  chegava de forma imposta , pré-determinada, sem nenhuma perspectiva adiante que não fosse sr um ser servil. Meninas criadas para casar, homens criados para serem machistas e donos de tudo e todos. 




Além do bullyng e machismo já citados, encontramos no seriado, outras mazelas que são bandeira de nossas lutas em pleno 2020, onde ainda há muito a trilhar. A homofobia e o racismo também são expostos na trama e combatidos bravamente pela ruiva sardenta e por alguns de seus colegas de turma.
Em contrapartida, mesmo com tantas adversidades em sua história, a Anne tirava leite de pedra por que nunca deixou de ler. Mesmo sem ser dada a oportunidade que lhe cabia, ela conseguiu, aplacar as tristezas, navegando nas histórias que conseguiu conhecer através dos livros. Muitas vezes, fazia delas aliadas perfeitas para driblar algumas das situações pelo que passava.






Ontem, assistimos, minha mãe virou cativa da trama também, o último capítulo dessa maravilha televisiva, com gosto de quero mais. Porém, paramos na terceira temporada que, mesmo com toda dó do mundo, creio não ter sentido continuar.
Entretanto, a Anne de Green Gables, atiçou nossa imaginação.Em tempos tão remotos, ao conseguir fazer isso, traz um afago para a alma.
E... quem disse que eu já não continuei os próximos capítulos da ruivinha amada por minha conta ?



Imagens coletadas via Pinterest.


Nenhum comentário:

Postar um comentário