domingo, 17 de julho de 2011

Onde isso tudo vai parar...

Tinha um tempão que eu queria ter um blog. A finalidade? Me expressar, apenas.
Mas, diante de tantas reflexões, me afastei do mesmo e me pergunto se vale a pena. 
Estamos diante de um mundo cada vez mais conectado. Todos temos como manter uma página na net, dentro de redes sociais encontramos parentes, agregados, mandamos recados para todos, dizemos como está sendo nosso dia e outras coisas mais. Pra quê? Para tentar passar adiante o que pensamos, pois no mundo real estamos ficando sozinhos. Ah! que nada, é engano, tenho tanta gente ao meu redor! O que não quer dizer nada. É muito fácil estar cercado. De 8 horas em diante, basta entrar num ônibus que sentimos o quão valoroso é o calor humano... sendo mais clara: "indo trampar, num busão lotado", e estamos cercados. Mas, cadê àquela pessoa que chaga junto em diveros lugares. Sim, eu sei, temos os familiares, os namorados, os ficantes, esposos, esposas e vários outros que convivem conosco, mas não compartilham, não estão conectados a todo instante. 
Com isso, passamos a agregar essa necessidade de convívio em nosso mundo virtual. Basta analisar os joguinhos, que são inúmeros, onde você é chamado de avatar e cria seu próprio canto. Será que estamos deixando passar alguma coisa? Será que realmente vivemos em comunidade, ou isso é a prova que queremos a cada dia que passa, viver num mundinho  isolado e egoísta. Ou estamos sem interesse de viver a vida do outro paralelamente com a nossa vida.Que nada! É que tudo passa tão depressa e não temos tempo de realizar as coisas que temos vontade. Mas,antes tínhamos as mesmas vinte quatro horas e podíamos lembrar dos compromissos sem agenda ou alerta, saber a data de aniversário de familiares e amigos, fazer todas as obrigações e ainda lembrar de criar novidades, festas, surpresas, e muitas vezes sem precisar contratar "n" serviços hoje tão solicitados e reinventados.
Me questiono até quando...
Num futuro bem próximo teremos robôs que serão nossos aliados em atividades domésticas - isso me lembra Os Jetsons, e como eu queria a Rose e a esteira onde você já saia pronto do quarto para a mesa do café da manhã - e com essa rapidez, escorrega pelos dedos a possibilidade de usar desses artifícios para conseguir levar uma vida mais tranquila ou menos contextualizada, já que essas invenções são nossos auxiliares para facilitar a vida em nosso dia-a-dia. Mas, tendo um auxiliar deste porte a disposição,dentro de sua casa ou trabalho, será que não será também desenvolvida a conversa virtual simultânea? Com isso, não teremos apenas a busca desenfreada de joguinhos ou rede sociais, teremos sim, a troca permanente de pessoas por máquinas.

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