quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Minha visita é pouca e o acesso de outras pessoas não existo. Então, escrevo pra mim mesma.
Falando novamente na Educação. Quer dizer, repassando o que j´escreveram e que vale a pena observar ao nosso redor.

A Evolução da Educação:

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...


Leiam o relato de uma Professora de Matemática: 
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. 

Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. 
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim: 


1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. 
Qual é o lucro? 

2. Ensino de matemática em 1970: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro? 

3. Ensino de matemática em 1980: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. 
Qual é o lucro? 

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. 
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00 


5. Ensino de matemática em 2000: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. 
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  )SIM (  ) NÃO 


6. Ensino de matemática em 2009: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00 


7. Em 2010 vai ser assim: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.

O custo de produção é R$ 80,00. 
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. 
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder).
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00
E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.
- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
"Todo mundo está 'pensando'
em deixar um planeta melhor para nossos filhos... 

Quando é que se 'pensará'
em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mesmo assim não se perde a esperança.

Estradas de rio da Amazônia servem de caminho para a educação

A última reportagem do especial do 'Globo Natureza' mostra que, na Amazônia, o costume é outro. A volta às aulas é diferente. 

 

Na imensidão do rio Amazonas vem o barco do transporte escolar vencendo a correnteza. Ele traz as crianças que moram na outra margem do rio, em frente à cidade de Itacoatiara. “O barco é seguro. Antes não era porque a gente andava de bote. Agora não", comenta a dona de casa Maria Sandra da Silva. “Às vezes podia até alagar, porque entrava muita água no barco”, conta a estudante Andreiza Souza.
Visite o site do Globo Natureza
A garantia do acesso à escola mudou a vida das crianças e até de quem já tinha desistido da sala de aula. Depois que todas as crianças já foram para a escola, é a vez de Raimundo do Nascimento, o piloto do barco. Ele ancora, toma um banho rapidinho, troca de roupa e segue para a escola. Raimundo tinha parado de estudar para ajudar os pais no trabalho.
Aos 26 anos de idade, Raimundo está no oitavo ano. O dia a dia é puxado. Às 5h já está recolhendo os alunos nas casas ribeirinhas. “Vou terminar o fundamental, entrar no médio, terminar o médio e tentar uma faculdade”, conta o piloto e estudante Raimundo do Nascimento.
Em outra cidadezinha do Amazonas, Careiro Castanho, os alunos também fazem planos. “Eu tenho muito interesse de aprender, um dia ser alguém na vida, sair do interior para outros países. É ótimo”, conta a estudante Valéria da Costa.
"Sem o transporte escolar a gente não vai ter a aprendizagem na sala de aula com o aluno. Então, o transporte escolar é fundamental em 100% para trazer essa criança", explica o secretário de Educação Paulo Amaro Andrade.
Mas em muitas comunidades são as próprias famílias que levam as crianças para a escola, como a da dona de casa Dona Terli Moraes, em Itacoatiara. Os nove filhos vão de canoa. “São muitas crianças, a canoa vai muito cheia de criança. É perigoso demais. O maior perigo é a corredeira, que é muito forte, além de motor e navios”, lembra a dona de casa Terli Moraes.
Do estaleiro da marinha, em Belém, pode sair a solução para a educação de muitas crianças na Amazônia. É a lancha escolar, projeto dos ministérios da Educação e da Defesa.
"As principais características que nós observamos é a necessidade de ter um calado reduzido, ser pouco profunda para baixo da água, e ser resistente, porque na região existem muitos casos de troncos flutuando e de pedras até mesmo o fundo dos rios", explica o comandante da base naval, Eduardo Santana.
Uma esperança para mães como Dona Terli. "Um dia eles podem ser alguma coisa, um médico, até mesmo um professor da própria escola. Eu tenho nove filhos e minha esperança é essa", diz a dona de casa.

FONTE: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/02/estradas-de-rio-da-amazonia-servem-de-caminho-para-educacao.html

O que posso dizer? Acompanhei toda a série e vi como se tem garra neste país. Chorei ao ver o sacrifício de quem ensina e de quem quer aprender. Isso é um exemplo de romper as fronteiras da dificuldade.

Depoimento mais do que claro! Apelos da Educação II.


Vivemos em um país que não existe verdade ao dizer que tentam melhorar a EDUCAÇÃO.
Sem priorizar nada do que  condiz ao que seria necessário para fazer a verdadeira construção do conhecimento.
E com propriedade, esta professora, a Amanda Gurgel (RN)trouxe toda a realidade a tona. Quem dera que os nossos representantes ficassem contrangidos mesmo.

Apelos de quem faz a EDUCAÇÃO. PARTE I

Rebuscando meus emails, recebi alguns que me chamam a atenção com relação a minha opinião que, sempre atento aos que estão ao meu redor.



Carta RESPOSTA à REVISTA VEJA - por uma professora.

Cópia da carta escrita por uma professora que trabalha  no Colegio Estadual Júlio Mesquita, à revista Veja.
Peço o favor que repasse a todos que conhecem. É longa mas vale a pena ler.

>            Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador.              Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
            Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.   
            Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
            Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados,  minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom.     Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
            Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 m.de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.    Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
            Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
            Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
            Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
            Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!
            Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
FONTE: http://www.advivo.com.br/blog/stockler/carta-resposta-a-revista-veja-por-uma-professora


SALIENTO A SEGUINTE PARTE: Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou.
Toda razão essa afirmativa, basta relembrar o que vimos no noticiário de hoje.

domingo, 31 de julho de 2011

Imagens que falam por si.



  Diante de tantas atrocidades, podemos observar o que aconteceu com a terra. Eu creio em Deus e contemplo o que Ele nos deixou. É algo sem palavras, pois, ao maravilhar-se com a natureza, podemos ver o quanto tudo foi bem elaborado para que não faltasse nada aos seus filhos. Mas, o ser humano com seu livre arbítrio, sempre quer mais e mais.
Mas, vejam se não estou certa.

O que é belo, sem necessitar de nenhuma mudança...

 A natureza
 Sem Photoshop...

 Não são bipolares

 Não precisam acompanhar as tendências da moda...
 Onde cada espécie vive, encontra o que precisa, e nem pensa em modificá-la...
 Nos concedem momentos como esses,



 Não tem diferenças entre os diferentes...
 Belezas naturais sem precisar buscar o que é artificial.

 Com disfarces exuberantes.

Reações múltiplas para cada ocasião.

Alegorias e fantasias próprias, sem máscaras, e muitas vezes copiadas, invejadas.
 Eu preciso falar mais, será?!?!?!?!?!

E, isso não chega nem perto no catálogo do que Deus deixou a nossa disposição.

domingo, 17 de julho de 2011

Onde isso tudo vai parar...

Tinha um tempão que eu queria ter um blog. A finalidade? Me expressar, apenas.
Mas, diante de tantas reflexões, me afastei do mesmo e me pergunto se vale a pena. 
Estamos diante de um mundo cada vez mais conectado. Todos temos como manter uma página na net, dentro de redes sociais encontramos parentes, agregados, mandamos recados para todos, dizemos como está sendo nosso dia e outras coisas mais. Pra quê? Para tentar passar adiante o que pensamos, pois no mundo real estamos ficando sozinhos. Ah! que nada, é engano, tenho tanta gente ao meu redor! O que não quer dizer nada. É muito fácil estar cercado. De 8 horas em diante, basta entrar num ônibus que sentimos o quão valoroso é o calor humano... sendo mais clara: "indo trampar, num busão lotado", e estamos cercados. Mas, cadê àquela pessoa que chaga junto em diveros lugares. Sim, eu sei, temos os familiares, os namorados, os ficantes, esposos, esposas e vários outros que convivem conosco, mas não compartilham, não estão conectados a todo instante. 
Com isso, passamos a agregar essa necessidade de convívio em nosso mundo virtual. Basta analisar os joguinhos, que são inúmeros, onde você é chamado de avatar e cria seu próprio canto. Será que estamos deixando passar alguma coisa? Será que realmente vivemos em comunidade, ou isso é a prova que queremos a cada dia que passa, viver num mundinho  isolado e egoísta. Ou estamos sem interesse de viver a vida do outro paralelamente com a nossa vida.Que nada! É que tudo passa tão depressa e não temos tempo de realizar as coisas que temos vontade. Mas,antes tínhamos as mesmas vinte quatro horas e podíamos lembrar dos compromissos sem agenda ou alerta, saber a data de aniversário de familiares e amigos, fazer todas as obrigações e ainda lembrar de criar novidades, festas, surpresas, e muitas vezes sem precisar contratar "n" serviços hoje tão solicitados e reinventados.
Me questiono até quando...
Num futuro bem próximo teremos robôs que serão nossos aliados em atividades domésticas - isso me lembra Os Jetsons, e como eu queria a Rose e a esteira onde você já saia pronto do quarto para a mesa do café da manhã - e com essa rapidez, escorrega pelos dedos a possibilidade de usar desses artifícios para conseguir levar uma vida mais tranquila ou menos contextualizada, já que essas invenções são nossos auxiliares para facilitar a vida em nosso dia-a-dia. Mas, tendo um auxiliar deste porte a disposição,dentro de sua casa ou trabalho, será que não será também desenvolvida a conversa virtual simultânea? Com isso, não teremos apenas a busca desenfreada de joguinhos ou rede sociais, teremos sim, a troca permanente de pessoas por máquinas.

"Deixe-me ir preciso andar, vou por aí a procurar...

...rir pra não chorar".

 Como deixou escrito nosso querido Cartola, volto ao meu mundo virtual. Garanto que fiquei um pouco frustrada com tantas idéias e reflexões sobre o que acontece em nossa volta que me vi uma total pessimista. Assim, era melhor ficar comigo mesma e deixar a poeira baixar.Minhas reflexões? Serão reorganizadas e quem sabe compartilhadas.
Por enquanto,
"(...)Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...(...)"

P.S. enquanto isso, tomara que apareça quem queira refletir comigo também.

domingo, 24 de abril de 2011

Ao desejar Feliz Páscoa


Ao desejar Feliz Páscoa temos que ver, realmente, o que essa mensagem significa. No instante que nos lembramos da data vem em nossa mente: “Oba, feriado!Quatro dias sem trabalhar!!!”- nem todos, hoje , curtem essa data, já que o consumismo vem crescendo de forma desenfreada e as lojas abrem, se possível, até no dia que o homem diz comemorar a sexta santa. Depois, começam as compras dos ovos de chocolate, induzidas sempre com a imagem do coelho.E de onde vieram os mesmos. Numa pesquisa achei o seguinte:
A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.
Em 1215 na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos ao principezinho que esta doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A idéia principal ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os chocolates não, ele continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho...(
http://www.jesusvoltara.com.br/atuais/pascoa_significado.html)
Hoje, se não tiver chocolate, para muitos, não tem sentido. As promoções chegam ao extremo de parcelar os chocolates até 10x, tal qual uma geladeira ou qualquer objeto que se faz necessário e que por motivos diversos, sempre relacionados ao pouco dinheiro que se ganha, chega a adquiri-lo desta forma, ficando amarrado a divida por um bom tempo. E Jesus onde se encontra neste disparate todo?
Sabe onde? Nas igrejas, onde os fiéis, fazem sua reflexão, nos filmes da sexta-feira, ou na Paixão de Cristo que acontece em Pernambuco e que agora está sendo televisionada .E em nossos corações, que deveriam se voltar para o que realmente o Filho de Deus passou e por que Ele passou e por quem? São tantas as perguntas a serem respondidas.
As atitudes impostas pela igreja e que ouço muito falar, como o jejum, o flagelo,  entre outras , até de não tomar  banho(uau), eu não concordo, pois muitos o faziam, mas o coração continuava o mesmo durante todos os demais 360 dias do ano. Hoje, debandou, avacalhou tudo que se relacionava a esta passagem de renascimento, de renovação.
Mas, ainda há tempo. Renove sua forma de ver o mundo e os irmãos que temos nele.Saiba que,podemos fazer a diferença, tomando certas atitudes que mudem a vida de alguém por alguns segundos ou pelo resto de sua vida.
Renove-se no AMOR, na PAZ, na ESPERANÇA, no CARINHO,seja você em várias ações, mas não esqueça de SER O OUTRO EM CRISTO JESUS.
Pense bem, sei que temos muitos que não acreditam em sua existência, como está registrado na antiga escritura, em forma de homem, Jesus veio ao mundo para mostrar quão grande era o amor de Deus por todos os seus filhos. Este homem viveu no anonimato por um determinado tempo, e na fase adulta começou a mostrar todo Seu poder, em busca de salvar as almas para seu (nosso)PAI.Assim o fez, mas a maioria não acreditou, como fazemos hoje.Só que sua penitência, foi maior do que podemos imaginar.Só em ser relatada em um filme, os corações ficaram aflitos, por ver tanta provação com uma dor inimaginável e muito  sangue.Eu penso nisso e me pergunto : será que merecemos? Fazemos por onde ter tanto amor ? A resposta está em nossa caminhada, tão curta que pode sim, fazer adiferença.
Esses dias, me deparei com uma cena de novela onde o personagem tomava uma atitude para com o próximo e foi chamado de santo.O mesmo disse que atualmente o homem anda tão ruim e egoísta que qualquer atitude generosa tomada é tida como santa. A que ponto chegamos.
Entretanto, ainda acredito que podemos fazer a diferença, mesmo que num gesto pequenino.Que a renovação, independente da Páscoa, seja revista no coração de cada um de nós. Tenho certeza que podemos sim, fazer alguém feliz e com isso praticamos o que nos foi ensinado há 1978( de acordo com o calendário cristão) anos atrás : O AMOR INCONDICIONAL DE DEUS.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Como anda sua forma de ver o mundo? Veja a análise sobre discriminação por Rosana Jatobá.

não queria explicação. eu só queria entender até onde o ser humano pode ir com o "pré-conceito" sobre muito do que temos neste mundo. mas, já estou admitindo que o melhor é refletir, e mesmo que só uma pessoa pense igual a mim, já podemos fazer a diferença.
desejo que você, em doses homeopáticas faça a diferença e trate o seu semelhante como gostaria de ser tratado. sempre!
Beijocas
O INSUSTENTÁVEL PRECONCEITO DO SER! 
Em Debate 
Por Rosana Jatobá

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos. 
Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso: 
- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só! 
- Então estarei em casa, repliquei ironicamente. 
- Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente. 
- A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista? 
- Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque. 
- Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos. 
- Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar... 
De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que, de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado. 
Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste. 
Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável. 
Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava: 
- O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte: 
 “O teu cabelo não nega, mulata 
Porque és mulata na cor 
Mas como a cor não pega, mulata 
Mulata, quero o teu amor". 
"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem. 
A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constrangimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala. 
O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta: 
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim: 
'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo). 
Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra, os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém". 
Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje? 
A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos", mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir: 
- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social! 
E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo? 
Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente: 
- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque! 
Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino: 
- Só podia ser loira! 
Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco: 
- Só podia ser judeu! 
A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ... 
Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem". 
Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano. 
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável. 
O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque, em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorancia e alimenta o monstro da maldade. 
Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcóolatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado: 
- Só podia ser mendigo! 
No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover: 
- Só podia ser bandido! 
Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo , no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros. 

PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos... 


Rosana Jatobá 

Rosana Jatobá, nascida em Campo Formoso , na Bahia, é jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias ambientais da Universidade de São Paulo. Também apresenta a Previsão do Tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo. 

Esse texto é parte da série de crônicas sobre Sustentabilidade publicada na CBN

sexta-feira, 11 de março de 2011

Textos que nos levam a refletir.

Nem tudo está perdido!
Muitos que me cercam compartilham da mesma concepção de mundo. E, ao nos comunicarmos pelo mundo virtual, recebo mensagens que me levam a refletir.
Hoje, ao me deparar com a devastação no Japão, comecei a me questionar o que de fato vale a pena. Como sempre, essa meditação é uma constante.Só que, não basta meditar. É preciso mudar.
Então, ao abrir meu e-mail, li uma mensagem que serve para pensar como estamos distantes uns dos outros. Tenho que mudar o meu modo de vida.

"O TEMPO PASSOU E ME FORMEI EM SOLIDÃO"
José Antônio Oliveira de Resende 
Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... Casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas
– e dizia:
– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... Tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também.
Pra quê televisão? Pra quê rua? Pra quê droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... Era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa... A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... Até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
– Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra quê abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos, do leite...
Que saudade do compadre e da comadre! 


Ainda, em muito do que praticamos lá em casa tenho essa referência. Ao chegar uma visita, e não são todas avisadas, temos o hábito de fazer aquele cafezinho (cuado, hummmmmmmmmm!) com a mesa recheada de guloseimas.
E a conversa flui. Sobre o clima, as famílias e seus problemas, os desabafos, risadas com piadas do cotidiano.Olha, é bom demais. São os pequenos gestos que fazem a diferença.
Temos, em minha família, o hábito de "pedir a benção". Seja onde for! Um bando de marmanjo, pedindo a benção aos mais velhos.Um dia desses tivemos essa atitude compartilhada num restaurante.Rsrsrsrsrsrs...bastava observar quem estava ao redor. Uma mesa enorme, e a cada pessoa ou grupo que chegava, eram diversas bençãos, abraços, beijinhos e espalhafatos deliciosos.
Portanto, mesmo com as casas trancadas ou por que não dizer trancados dentro delas, podemos fazê-la aquecida, sem esquecer do compadre e da comadre. E que venham os amigos e seus agregados.

terça-feira, 8 de março de 2011

Todo dia é dia...

...mas me fez lembrar de primeira da letra COr de rosa choque da Rita Lee
Nas duas faces de Eva
A bela e a fera
Um certo sorriso
De quem nada quer...

Sexo frágil
Não foge à luta
E nem só de cama
Vive a mulher...

Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
Não provoque!

Mulher é bicho esquisito
Todo o mês sangra
Um sexto sentido
Maior que a razão

Gata borralheira
Você é princesa
Dondoca é uma espécie
Em extinção...
Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!

(e ainda é cor de rosa choque)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ponto de vista


Eu já falei que vou parar de ver noticiários, mas não consigo. Afinal, é importante se inteirar da situação.
Só que revolta!
Uns dias atrás, me deparei com um secretário de alguma coisa em Florianópolis, se referindo a homenagem da escola de samba Grande Rio (afetada por um incêndio, acho que na semana passada), “A cidade está de luto”.
De luto???????????????
E aí, continuando a reportagem, as pessoas comentam com pesar a perda de alegorias de carnaval!!!
Sim, claro, é um dos espetáculos mais belos no mundo. Motivo de orgulho para muitos – hoje o que mais se vê é gente nua e muito estrangeiro aplaudindo, acreditando realmente que aqui é o paraíso do sexo, se não fosse assim, porque muitos são encontrados nas cidades litorâneas a procura da tal ‘diversão’? – mas convenhamos, o que realmente tem que nos deixar de luto neste mundo? O próprio Rio está de luto há muito tempo, pois além das catástrofes que até agora não foram sanadas – falo isso, sem me referir só as ocorrências deste ano de 2011 – , a cidade se encontra entregue, a mercê da marginalidade, que só se encontra detida, devido ao dinheiro esperado com a Copa do Mundo em 2014. Ou é para engolir que se deve a segurança da comunidade favelada, tão desfavorecida??? Estimo muito as ONG’s que exercem suas atividades acolhendo os desfavorecidos, estando ali de bom grado, em sua maioria, exercendo a cidadania que as autoridades nem procuram saber o real significado.
Luto? Fiquei entalada! E as pessoas advindas do caos devido às chuvas? Minha irmã passou por Nova Friburgo e relatou que é pior do que vemos na tela. Os vitimados do ano de 2010, por exemplo, tem problemas até agora sem moradia e dependendo de aluguéis prometidos pela prefeitura que não pagam aos locadores de imediato. Como bons negociantes, não podem viver de promessa, imagina sendo essa dos nossos governantes? E essa nova leva de desabrigados? O empenho é da comunidade, o povo brasileiro é solidário e fica condoído com a situação dos outros, mas quando a mídia ajuda, só focam aqueles repetidos a exaustão (por uma quinzena, mais ou menos), para manter a audiência e depois tudo fica bem escondido, esquecido. Sequer lembram dos que vivem permanentemente em situação de miséria devido a um problema existente desde que me entendo por gente. Falo dos nossos irmãos sertanejos. A nível de Sergipe, são 75.000 pessoas que estão passando fome devido ao solo seco e que não podem migrar para outros lugares. Vão viver de quê? E sem esquecer dos nossos líderes, não existe um projeto que chegue a sua execução para amenizar a situação destas pessoas. Claro, a população sertaneja é pequena, não faz cócegas no resultado das eleições.
Poxa! Queria gritar e ter retorno com uma atitude que saísse de nós, pessoas comuns que lutam pela sobrevivência no caos, dia-a-dia. É muito descaso.
Daí eu posso dizer que meu coração está de luto.Ver o que se passa, e exercer acima da cidadania o nosso papel de cristão, sendo despertado apenas com o que sai nos noticiários. Luto pelo egoísmo que floresce em todos os seres humanos, estamos olhando apenas para o nosso próprio umbigo, mesmo que o futuro diga que é necessário dar as mãos para lutar pela sobrevivência. Entretanto, o luto se torna uma coisa banal, pois as pessoas não se entristecem com um desabrigado que perdeu tudo, principalmente seus entes queridos ou aqueles que não estão próximos dos nossos olhos e vêem tudo ao seu redor morrer pela falta de água. E sim, pelo glamour de paetês, nas alegorias queimadas, que podem sim serem refeitas. E a vida quando se vai, quem poderá refazê-la?
Esse é apenas mais um capítulo para reflexão sobre nosso dia-a-dia. Mas um dia eu paro de ver os noticiários...